QUANTO VALE A SUA FÉ?
A TENDÊNCIA CAPITALISTA DA FÉ EVANGÉLICA DE FORTALEZA NOS ÚLTIMOS VINTES ANOS
Palavras-chave:
Protestantismo, evangélica, capitalismo, prosperidade, neopentecostalimoResumo
O presente trabalho oferece uma análise antropológica, sociológica, teológica e histórica sobre a relação exacerbada entre crença e dinheiro no Ocidente. A hipótese levantada nessa pesquisa é a de que existe uma tendência a um tipo de crença identificada com muitos aspectos do Capitalismo em algumas denominações evangélicas da cidade de Fortaleza, não tipificadas como Neopentecostais. Para analisar a questão abordada utilizamos dois métodos de pesquisas: a revisão bibliográfica por meio das obras de Marx Weber – que pesquisou a estrita ligação entre Protestantismo e Capitalismo desde seu nascedouro; e de Ricardo Mariano – que pesquisa as implicações dos aspectos sociais, culturais e econômicos no Movimento Neopentecostal com sua Teologia da Prosperidade. Também nos apropriamos da oralidade como meio de averiguação da hipótese pro- posta. Procurando assim, através de entrevistas temáticas qualitativas, investigar a ten- dência capitalista de fé entre pessoas que fazem parte de grupos evangélicos não identi- ficados, doutrinariamente, com a mercantilizarão religiosa. Sobre as fontes de pesquisas orais, consideramos a afirmação de Albert na qual:
[...] A história oral se faz importante na medida em que preenche lacunas que prejudicam a análise histórica face à ausência de documentos escritos. Assim, um dos aspectos da história oral é tornar visíveis experiências individuais e coletivas.
Lembrando também aquilo que Gil observa sobre a “obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social” pelo o processo de pesquisa social. Essa nova configuração religiosa que foi constatada pela pesquisa de campo, possibilitou-nos identificar dentro de igrejas evangélicas pesquisadas expressões de fé mercadológicas. Demonstrando dessa forma que o espírito do capitalismo se impõe no “modus vivend” evangélico a despeito do seu corpo doutrinário. Por fim, procuramos entender essa tendência Capitalista da fé relacionando-a com algumas características do nosso mundo ocidental moderno: a natureza pragmática da mídia e as identidades múltiplas.
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