OS PENTECOSTALISMOS BRASILEIROS DIANTE DAS MÍDIAS CONTEMPORÂNEAS NA PERSPECTIV A DAS CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO:
ENTREVISTA COM MAGALI CUNHA
DOI:
https://doi.org/10.29327/2419655.1.16-6Palavras-chave:
pestecostalismos brasileiros, mídias digitais, Meios de comunicaçãoResumo
Os pentecostalismos e as/nas mídias – e suas relações mútuas – constituem-se como duas realidades interconectadas que dinamizam o cenário religioso e social do Brasil contemporâneo. Ao longo século XX e início do XXI, as igrejas pentecostais, em suas mais diferentes e variadas expressões, utilizaram-se das mídias e por elas foram transformadas. Desde os primórdios do pentecostalismo moderno, as mídias foram meios e ferramentas para propagação e consolidação da mensagem pentecostal. Durante esse período, os usos ou desusos da imprensa escrita, rádio, televisão, redes sociais, entre outros, modificaram o modo como a experiência pentecostal era compartilhada e vivida.
Os múltiplos pentecostalismos tem tido a capacidade adaptativa às linguagens e meios midiáticos e, nestes, a experiência e conteúdos religiosos vem sendo traduzidos, ressignificados e reapropriados nas práticas comunicacionais. A era digital, sobretudo impulsionada tem tempos recentes com a pandemia de COVID-19, acelerou o processo de mudanças das dinâmicas comunicacionais das igrejas e grupos pentecostais. Em tal cenário, vemos uma alteração do exercício do modelo tradicional de autoridade pastoral-institucional, o lugar da performatividade religiosa na reconstrução das identidades coletivas e individuais, com forte apelo emocional e sensorial, da ritualização da experiência digital – orações ao vivo, campanhas de fé, intercessão por comentários – que reconfigura os modos de pertencimento comunitário.
A partir desta perspectiva, este ciberpentecostalismo que emerge na era das mídias contemporâneas aponta para o fato de que àqueles não são meros receptores passivos das inovações tecnológicas, mas sobretudo, protagonistas de ativos de um processo de reinvenção religiosa. Dessa forma, pensar sobre os pentecostalismos e mídias, é refletir sobre as interpelações mútuas dessas duas áreas sobre a realidade religiosa brasileira atual. E para discutir sobre esse assunto, a pesquisadora brasileira Magali Cunha nos oferece uma entrevista para falar sobre como os pentecostalismos no Brasil interagem com as mídias contemporâneas, seus sentidos e significados, a partir da perspectiva das ciências sociais da religião e da comunicação.
Referências
RESUMO DO CURRÍCULO DA ENTREVISTADA
Dra. Magali Cunha: É especialista em religiões, comunicação, mídias e política. Doutora em Ciências da Comunicação com estágio pós-doutoral em Comunicação e Política. Investigadora do Instituto de Estudos da Religião (ISER). Jornalista, editora-geral
do Coletivo Bereia – Informação e Checagem de Notícias. Dentre alguns de seus livros, estão, “A Explosão Gospel: um Olhar das Ciências Humanas Sobre o Cenário Evangélico no Brasil” (Mauad X, 2009), “Do púlpito às mídias sociais: evangélicos na política e ativismo digital” (Appris, 2019), “Evangélicos na Política Brasileira” (Actual, 2022), entre outros livros, capítulos e artigos.
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