O QUE TEM ATENAS A VER COM JERUSALÉM? UMA CONSIDERAÇÃO SOBRE O LOGOS E SEU ENCONTRO COM A TEOLOGIA E A FÉ CRISTÃ NA PERPECTIVA DE PAUL TILLICH
Palavras-chave:
Ontologia, revelação, logos encarnado, helenismo, estoicismoResumo
O presente texto procura explicitar alguns aspectos da teologia de Paul Tillich cujo propó- sito foi a honrosa e cara tentativa que o teuto-americano fez quando combinou a filosofia grega, a pergunta existencial, com a revelação cristã ocorrida na Páscoa. Conforme Tillich, os cristãos ignoram que a filosofia grega já trazia embrionariamente questões às quais o Cristo da Fé tornar-se-ía a resposta definitiva. A sua metodologia teológica, conhecida por Método de Correlação, procura relacionar as questões existenciais (a pergunta) com a Revelação (a resposta). O que surpreende em Tillich é que na sua percepção a Bíblia contém uma ontologia, uma indagação existencial. Desse modo, a revelação cristã pode até ser historicamente posterior a muitos eventos e dramas bíblicos do Antigo Testamento. Mas a revelação em Cristo é uma questão que passa a ter preponderância ontológica sobre aqueles eventos históricos posto que a pergunta grega “o que há?”, passa a estar respondida na revelação cristã: “o que há” é o Cristo, a verdade definitiva e fundamento último da existência. Em Tillich, retomando uma expressão dos pensadores cristãos do período da Patrística, Cristo é o Logos Encarnado. Tillich insistiu que os filósofos estoicos tornaram-se rivais dos cristãos nos primeiros séculos. A teologia cristã incipiente herdou dos estoicos, por exemplo, a questão intelectual e a coragem, e que foi fundamental e decisiva para sobreviver e resistir à cultura romana, antipática e até inimiga da religião cristã.
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